TERAPIA DE ADOLESCENTES
A Terapia Analítico-Comportamental de Adolescentes é bastante semelhante à terapia de adultos em seu formato, uma vez que, diferentemente da criança, o adolescente tem maior desenvoltura verbal para conversar sobre seus problemas e, desse modo, aprender em terapia novas estratégias para promoção de autoconhecimento e autonomia. Como terapeutas de adolescentes, nosso vínculo essencialmente com o adolescente, com quem ele tem compromisso de sigilo. O sigilo é importante para que o adolescente possa de fato falar sobre seus problemas com confiança de que as informações serão resguardadas. Desse modo, podemos incluir a Orientação de Pais, desde que com o consentimento do adolescente, que tem o direito e a escolha de participar do encontro de seus pais com o terapeuta.
Muitas vezes, o adolescente vem à terapia por sugestão dos pais ou indicação da escola. Em outros casos, pode sozinho decidir procurar ajuda. Há também algumas situações em que ele não concorda com a busca por terapia e vem “contra a vontade”. Nesses casos, procuramos construir junto com ele os seus próprios motivos (independentemente dos motivos dos outros) para estar ali.
Alguns dos principais problemas que podem levar o adolescente à busca por terapia são:
- Dificuldade de relacionamento com os pais e/ou irmãos
- Dificuldades no relacionamento com seus pares (amigos, colegas, turma)
- Timidez
- Ansiedade
- Dificuldade para compreender ou lidar com seus sentimentos
- Dificuldade no autocontrole da agressividade
- Problemas com regras e limites
- Tristeza, sensação de inadequação
- Bullying (sofrer e/ou praticar)
- Problemas de aprendizagem
- Dificuldade para expressar sentimentos
- Questões sexuais
- Problemas em relacionamentos amorosos
- Uso de drogas
- Dificuldade para escolha da profissão
Problemas como estes não necessariamente configuram algum tipo de transtorno mental.
Alguns exemplos de transtornos que podem ser diagnosticados na adolescência são: Depressão, Ansiedade Generalizada, Síndrome do Pânico, Transtorno de Conduta, Fobia Social, Transtornos Alimentares, Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
A avaliação do paciente, no caso de haver alguma hipótese de transtorno, é fundamental para o seu diagnóstico e realizada de modo cuidadoso e muitas vezes necessita ser multiprofissional, com a participação de psiquiatra, neuropsicólogo ou fonoaudiólogo. É importante que todos estes profissionais sejam especialistas na área da adolescência, que guarda peculiaridades em relação às crianças e aos adultos.